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By Ferramentas Blog

Póvoa de Varzim

Procissão da N.ª S.ª das Dores - 1949


Nossa Senhora das Dores

Na Póvoa, o culto da mãe de Jesus sob esta invocação remonta a 1768, ano em que foi colocada uma imagem na antiga capela do Senhor do Monte. A grande adesão exigiu a edificação de templo próprio. Este ficou concluído no princípio do século XIX, mas só em 1866 adquiriu o aspecto actual, com a construção das 6 capelas circundantes, onde estão ilustradas seis dores de Nª.Srª, estando a sétima representada no próprio altar-mor.

As palavras de Jorge Barbosa são, por si só, bastante ilustrativas: "O testemunho da eficácia da Sua protecção e de que os Seus devotos a Ela não recorrem em vão, está bem patente na comovedora multidão de pessoas (muitas delas descalças) que acompanham a Sua Imagem, na procissão através das ruas da Póvoa, e na impressionante floresta de velas conduzidos pelos devotos reconhecidos por graças alcançadas..."

Decorre em meados do mês de Setembro esta festividade com tradições seculares, onde, para além dos tradicionais festejos com espectáculos de variedades, fogo preso e grandiosa procissão, ressalta a típica feira da louça.


Etiquetas de Fósforos

NACIONAIS 40 AMORFOS, $35 + 5 SOCIEDADE NACIONAL DE FÓSFOROS (sem designação dos trajos). Série com trajos do Minho em 7 cores e numerada de 1 a 12 - 84 etiquetas. (31x48). Papel vulgar branco. 1959.








Póvoa de Varzim

Cego do Maio


«José Rodrigues Maio, o Cego do Maio, nasceu no dia 8 de Outubro de 1817, na rua dos Ferreiros, desta vila, e na manhã de 13 de Novembro de 1884, pelas 10 horas, «o sol estendeu o seu manto de oiro e, envolvendo aquele espírito de cristal nas suas dobras de luz — arrebatou-o para as esferas onde só vivem espíritos assim nobres, assim grandes, assim heróicos.»

Os povoenses tiveram a generosa ideia de erguer um busto, em bronze, ao benemérito Cego do Maio, no sítio mais central da beira-mar. A câmara deu à Cavarneira o título de «Rua do Cego do Maio» e tem na sala das suas sessões uma magnífica tela. No Clube Naval, existem as medalhas e os diplomas que lhe concederam. E eu, do Cego do Maio, tenho a agulha e o muro com que ele fazia as suas redes. Venero essas relíquias por terem sido dum grande que, no meu entender, subiu acima de homem — foi um carinhoso Santo!

E que outra cousa hei de eu chamar a quem praticou os actos de maior bravura, de maior abnegação e de maior altruísmo, estando sempre pronto e decidido a morrer pelos seus companheiros sem outra recompensa que não fosse as bênçãos da Providência?

Contar as vidas que ele salvou? Como e quando?

De 39 pessoas sei eu que ele arrancou do abismo! Mas ele praticou um acto de tamanha grandeza que para aqui o traslado do «Comércio do Porto», jornal da maior reputação e seriedade, o que de Cego do Maio há mais de 27 anos publicou:

«Nunca receava o perigo, e ainda há poucos dias, quando o grande rolo do mar e a arrebentação na costa da Póvoa expunham a perigo iminente mais de 200 lanchas da pescaria (entrando a do Cego do Maio nesse número), apenas devido à sua coragem e perícia, pôs pé em terra na Cachina, correu para o sítio do salva-vidas, que até então se conservava imóvel, reconhece o grande perigo: nem chores nem lágrimas o detêm, e apenas entra dentro do frágil lenho, encontra companheiros aventurosos, dirigem-se para a barra, transpõem-na, e dirigindo o rumo dos infelizes pescadores, extenuados pela ansiedade, pelo trabalho e pela fome, guia para dentro da barra 60 lanchas, com cerca de 700 tripulantes, e é ele o último que abandona o posto de honra, quando já tinha escurecido!»

O Cego do Maio foi um herói, a sua alma foi a de uma crente, as suas cinzas são as de um carinhoso Santo.

Crianças pequeninas, filhas do amor e da inocência, amigas da nossa irmã Água e queridas do nosso irmão Sol, — quando passardes pela beira da estátua ou das cin­zas do Cego do Maio, reverenciai a memória desse grande coração imaculado e santo, desse generoso e extraordinário benemérito que foi o assombro de toda a gente do seu tempo.

Assim como sai da alavanca a potência, que brote dos vossos tenros corações a veneração e o respeito pelo herói. Aprendei e decorai a epopeia homérica deste homem, que não conheceu a vaidade nem aspirou grandezas. Nasceu humilde, viveu pobre e morreu com toda a serenidade dum justo. Outro que em igualdade de circunstâncias hoje vivesse, seria irmão da ambição e companheiro de ridículas pretensões, pedia aos jornais uma notícia do dia dos seus anos ou de quando fosse tratar de negócios ao Porto, atravessava como um pavão os ruas da vila e trazia debaixo do tacão a sombra do seu semelhante.

O Cego do Maio nunca se deslumbrou pelas mais altas recompensas que lhe concederam, — com a alma santíssima e pura de benemérito, foi simplesmente uma única coisa — uma glória da nossa terra.»


Póvoa de Varzim

Igraja da Misericordia e pavilhões do Hospital


Igreja da Misericórdia A Igreja da Misericórdia de Povoa de Varzim, situada perto do hospital, é um templo que combina os estilos neoclássico na parte inferior e barroco na parte superior. Foi benzida no dia 12 de Agosto de 1914.

Póvoa de Varzim

Praça do Almada


A Praça do Almada é o centro cívico da cidade da Póvoa de Varzim em Portugal, logo localizada no Centro da cidade. Contém a escultura que homenageia o escritor Eça de Queiroz, que ali nasceu.
É considerada pelo município como espaço livre de interesse patrimonial, e parte do centro histórico da Póvoa de Varzim. Em 1791, pela provisão régia de D. Maria I, este antigo Campo da Calçada tornou-se no centro cívico, inicialmente denominado Praça Nova. Foi também o local onde se ergueu o primeiro jardim público da Póvoa de Varzim, popular entre a burguesia do século XIX, função que ainda hoje mantém. Uma lenda fala de uma coruja branca que voa sobre a praça entre as onze e meia da noite e a meia noite, a qual é associada à encarnação da alma de alguém que muito amou esta praça e que nunca mais a quis deixar.

fonte: Wikipédia

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Agosto de 1929

 Procissão de N.ª S.ª Assunção


Nossa Senhora da Assunção

Na comunidade piscatória poveira, que se foi instalando na orla da enseada, o culto pela virgem foi inicialmente dirigido à Nª Srª da Lapa, cuja confraria foi criada em 1761 para "amparo dos Homes do Mar", mas, logo em 1792, tomou a designação de Irmandade de Nª Srª da Assunção. Durante muitos anos funcionou como uma verdadeira associação de classe, havendo nas embarcações a "rede da Senhora", cuja safra revertia para a irmandade.

No dia 15 de Agosto, a Virgem é venerada com toda a pompa e circunstância. O momento mais alto dos festejos corresponde à grandiosa procissão que conhece o auge quando, frente ao porto de pesca, os andores são voltados para o mar e centenas de foguetes lançados dos barcos engalanados rebentam num estalejar ruidoso, como se os poveiros quisessem ter a certeza de que as suas preces chegam aos ouvidos dos Santos cujas imagens ali conduzem em triunfo, a quem suplicam águas pacíficas e mais copiosas em peixes.